O que o magnésio tem a ver com a perda de cabelo? Tudo!
O Magnésio e a Queda de Cabelo
por: Danny Roddy
“As células dos folículos capilares produzem o cabelo quando eles estão equipados com tudo o que precisam. Mas, no couro cabeludo de um homem careca, elas não recebem tudo o que precisam e, como resultado, as células produtoras de cabelo morrem pouco a pouco. Aqui temos um exemplo de uma “doença”, leve, que é causada pela desnutrição celular “.
Dr. Roger J. Williams (Prêmio Nobel)
Tal como a vitamina D3, o magnésio parece ser um daqueles suplementos que realmente é válido e eficaz quando aplicado ao mundo real. Os efeitos negativos correlacionados com a deficiência deste mineral, fazem do magnésio urgente e essencial; se você tivesse que tomar um suplemento, este seria o Ideal.
A suplementação de Magnésio
Inflamação
Foi descoberto que a suplementação de magnésio reduz os processos inflamatórios da proteína C-reactiva (PCR), factor de necrose tumoral alfa (TNF-a), bem como a interleucina-6.
Isto é significativo, porque todos estes três mensageiros inflamatórios (CRP, IL-6, TNF-a) estão associados com a perda de cabelo.
Dr. Eades explica a diminuição radical no (PCR) durante a suplementação com magnésio:
“O documento aponta que a maioria dos adultos nos EUA (68%) não consomem ainda a DDR de magnésio, que é, além disso, lamentavelmente baixa. O Magnésio é um mineral incrivelmente importante para todos os tipos de processos do corpo. Mais de 300 Enzimas usam magnésio como cofator; o magnésio ajuda a regular o estado de potássio; o magnésio é essencial no metabolismo do cálcio, ajudando a que a pressão arterial desça e os vasos sanguíneos permaneçam flexíveis; o magnésio fortalece os ossos; o magnésio é anti-inflamatório. A lista de virtudes do magnésio continua, e continua… “
Sensibilidade à Insulina
Aqueles que prematuramente perdem o seu cabelo têm muito mais para se preocupar do que a vaidade fugaz. Esse facto pode ser usado como um marcador para uma constelação de doenças de saúde conhecidos como síndrome metabólica. Enquanto os minerais cromo e vanádio recebem muitos elogios na regulação do açúcar no sangue, o magnésio mostra grande promessa na melhoria da síndrome metabólica.
“Pelo menos três ensaios demonstraram que a suplementação de magnésio aumenta a sensibilidade à insulina em diabéticos insulino-resistentes e não-diabéticos. Em alguns casos, os resultados foram notáveis. Em diabéticos do tipo II, 16 semanas de suplemento de magnésio melhorou a glucose em jejum, a sensibilidade à insulina e HbA1c. HbA1c diminuiu até 22 por cento.
Em voluntários resistentes à insulina com magnésio baixo no sangue, a suplementação de magnésio, durante quatro meses, permitiu reduzir a resistência à insulina em 43 por cento e a insulina em jejum diminuiu em 32 por cento. Isso me sugere que a deficiência de magnésio foi provavelmente uma das principais razões pelas quais eles eram resistentes à insulina, em primeiro lugar. Mas o estudo teve outro achado muito interessante: o magnésio melhorou o perfil lipídico do sangue dos sujeitos notavelmente. O colesterol total diminuiu, o LDL diminuiu, o HDL aumentou e os triglicéridos diminuíram em 39 por cento. O mesmo tinha sido relatado na literatura médica décadas atrás, quando os médicos usaram injeções de magnésio para o tratamento de doença cardíaca, e também em animais tratados com o magnésio. A suplementação de magnésio também suprime a aterosclerose (espessamento e endurecimento das artérias) em modelos animais, um fato que eu posso discutir com mais detalhe “.
Ou seja, quatro meses de suplementação de magnésio reduziu a resistência à insulina por quase metade, melhorou notavelmente o perfil lipídico (gorduras no sangue) e desceu a HbA1c para 22%!
Para aqueles que não estão familiarizados com HbA1c, o marcador reflecte o nível médio de glicose no sangue ao longo das últimas semanas.
HbA1c pode ser o melhor marcador para a determinação da resistência à insulina, como aposto à convencional insulina em jejum ou testes de glucose no sangue.
O Stress e a Queda de Cabelo
O cortisol é a hormona anti-inflamatória natural do corpo. O seu corpo libera cortisol em resposta ao “stress” – instabilidade de açúcar no sangue, falta de sono, inflamação crónica, e muito pouco consumo de alimentos.
Condições Agudas
Níveis elevados crónicos de cortisol levam a uma condição aguda conhecida como eflúvio telógeno (telogen effluvium). Esta condição resulta em enorme queda de cabelo, que para aqueles que estão predispostos a perda de cabelo, provavelmente não vai voltar a crescer.
O Magnésio e o Stress
Em relação ao magnésio, o stress leva o corpo a “utilizar-se” de magnésio mais rapidamente
do que seria de outra forma. Sabe-se, e estudos confirmam, que os Atletas competitivos têm níveis mais baixos de magnésio após o exercício extenuante. Após suplementar os atletas com magnésio os níveis de cortisol baixam.
Vítimas queimadas, que por esse motivo experimentam níveis mais elevados de cortisol, também apresentam taxas mais elevadas de excreção de magnésio.
Incidindo sobre alimentos que não causam stress no corpo, e completando com quantidades adequadas de magnésio, pode ser a chave para manter uma “tampa” sobre o cortisol.
Magnésio para o Cabelo e para os Ossos
Manutenção dos ossos
A queda de Cabelo e a saúde dos Ossos – A maneira como eu vejo a nutrição foi muito moldada pelos pensamentos e escritos de Brian Simonis, proprietário da ImmortalHair.org.
Se você quer a minha opinião sincera, eu vejo Brian como um pioneiro na área da saúde. Brian estava defendendo os benefícios da vitamina D, muito antes de se ouvir falar dela sendo sugerida na “Paleosfera” (paleosphere).
Outra conexão que Brian fez foi entre a perda de cabelo e a saúde dos ossos. Essencialmente, qualquer coisa que promove a formação e remodelação do osso é benéfico para o cabelo.
Vejamos a explicação de Brian:
“O crescimento do cabelo é muito semelhante ao do tecido ósseo, é submetido a um processo de remodelação no qual existe uma fase de degradação, regeneração e transição. A substância responsável pela reabsorção óssea (degradação) é o osteoclastos, enquanto que os osteoblastos constroem o osso. O processo controla o ciclo do cabelo, tal como o crescimento ou fase anágena no folículo de cabelo e a formação no ciclo de remodelação óssea. Estes processos utilizam os mesmos mecanismos moleculares, de nome “Hedgehog”, a proteína morfogenética óssea. Inibidores de proteassoma actuam sobre os efeitos da formação do folículo do osso e dos cabelos através dessa proteína, estimulando a fase de crescimento no folículo de cabelo humano “.
Basicamente, o que Brian quer dizer é que, os construtores ósseos como a vitamina D3, vitamina K2 e magnésio não só iram apoiar ossos fortes, mas também o crescimento do cabelo.
Danny Roddy
Tradução por: Elisabete Milheiro