Shiitake
O cogumelo Lentinula edodes, ainda chamado de shiitake, trata-se de um cogumelo comestível nativo do Leste da Ásia.
A espécie é hoje em dia o segundo cogumelo comestível mais consumido no mundo, incorporado desde há muito nos hábitos alimentares dos povos asiáticos. Recentemente, foi introduzido para produção e consumo nos países ocidentais. A palavra shiitake tem origem japonesa, shii (uma árvore parecida com carvalho) e take (cogumelo).
A primeira referência histórica do consumo de shiitake data de 199 a.C. Na natureza, o shiitake pode ser encontrado em florestas asiáticas, onde se desenvolve em árvores mortas. É um fungo aeróbio, decompositor de madeira, que degrada celulose e lignina para obter energia.
O shiitake é nutritivo, rico em proteínas, contendo em relação à matéria seca 17,5% de proteínas, com nove aminoácidos essenciais.
Estão descritos os seus possíveis efeitos terapêuticos: Tem importância medicinal, possuindo substâncias com propriedades medicinais para o tratamento e controle de pressão arterial, arritmias, redução do nível de colesterol, fortalecimento do sistema imunitario e inibição do desenvolvimento de tumores, nomeadamente pulmão, mama, prostata, leucemia e inibição de vírus e bactérias. O shiitake é produzido em compostos orgânicos à base de serragem, farelo de arroz e/ou trigo e/ou soja, previamente hidratada e corrigida do ponto de vista do pH. O produto repousa durante 145 dias em local fechado e climatizado a cerca de 14°C até o aparecimento dos frutos e sua colheita. Este processo também é conhecido como cultivo axénico.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6302894/
Maitake
Conhecido como maitake, é um cogumelo comestível originário do Japão, onde a sua comercialização cresce a cada ano e hoje está entre os de maior consumo, juntamente com o shiitake. É um cogumelo de sabor delicado e textura crocante. Seu leve aroma madeirado remete também a lembrança das algas marinhas, tão comuns na culinária japonesa. Maitake vem de mai (dança) e take (cogumelo), ou seja, cogumelo da dança, pois há relatos que ao experimentar estes cogumelos as pessoas dançavam de alegria pelo sabor. O maitake é nutritivo, rico em proteínas, contendo em relação à matéria seca 27% de proteínas, vitamina B1 e B2, niacina, vitaminas C e D e também magnésio, ferro, cálcio e fósforo. Estão descritos os seus possíveis efeitos terapêuticos: Possui substâncias biologicamente ativas, comprovando várias propriedades medicinais, como controlo de pressão arterial, diabetes, obesidade e propriedades hepáticas, além de exercer influência sobre o sistema imunitário, inibindo o desenvolvimento de tumores, nomeadamente do cancro da mama, prostata, estômago, pulmão fígado, cerebral e metástases, vírus e bactérias.
.https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4202470/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5955106/
Cogumelo do Sol
É um cogumelo comestível, conhecido comercialmente como cogumelo do sol. É tido como medicinal e com grande potencial terapêutico, pode ser também um cogumelo comestível. É um fungo aeróbio que degrada material orgânico rico em celulose, hemicelulose e lignina para obter energia. O cogumelo Agaricus blazei é considerado um alimento de excelente valor nutritivo. O produto desidratado é altamente proteico e rico em vitaminas, como tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B12), niacina (vitamina B3), piridoxina (vitamina B6), cianocobalamina (vitamina B12), ácido pantotenico, biotina (vitamina H), ácido fólico, ácido ascórbico (vitamina C), tocoferol (vitamina E) e quinona (vitamina K), além de ser fonte de quase todos os aminoácidos. Estão descritos os seus possíveis efeitos terapêuticos: Entre os benefícios que produz no organismo, destacam-se a renovação das células, melhoria do quadro geral do organismo, melhora na defesa imunológica, redução dos efeitos colaterais do tabagismo, prevenção do cancro (pela eliminação de material cancerígeno), redução da glicose sanguínea na diabetes tipo I e II, ação hipotensiva, redução do colesterol, redução da arteriosclerose, estimulação quantitativa e qualitativa das células NK (células que destroem células que estejam infectadas ou alteradas), alergias, asma.
.https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2249742/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3833359/
Reishi
Estão descritos os seus possíveis efeitos terapêuticos: Conhecido como reishi, o Ganoderma lucidum apresenta potente efeito antioxidante, possui propriedades anti-mutagenicas, aumenta alguns aspectos do sistema imunitário, nomeadamente o de incrementar a atividade do interferon e das células NK e promove a produção de interleucina 1 e 2 (transmissores do sistema imunitário). Além disso, o ácido ganodérico, presente na composição deste cogumelo, tem-se mostrado um excelente auxílio no tratamento de alergias comuns, pela inibição dos mediadores químicos da inflamação, bem como utilizado como coadjuvante em casos de fadiga, insónia, hepatites e artrite reumatóide. Na China, por mais de 2000 anos, foi designado como “erva de Deus” e os imperadores chineses ordenavam que fossem procurados cogumelos reishi selvagens, encontrados nas montanhas de regiões distantes, acreditando que o seu consumo lhes traria saúde e a eterna juventude. De acordo com alguns pesquisadores, esta é a espécie mais importante dos cogumelos medicinais, pois possui combinações que a maioria dos outros cogumelos não possui, inclusive, de triterpenos, encontrado em muitas ervas de longevidade. Mais pesquisas estão a ser realizadas em relação aos seus benefícios.
O primeiro relato da utilização deste fungo data da época do primeiro imperador da China, Shih-huang da Dinastia Ch’in. São vários os estudos que relatam as capacidades antimutagenicas e imunoestimulantes desta espécie ancestral, reconhecida por desempenhar uma ação eficaz como coadjuvante no tratamento de várias patologias. No entanto, somente nos últimos 30 anos as propriedades medicinais do cogumelo reishi foram apresentadas ao mundo ocidental. Até ao final do século XX, o reishi era reservado principalmente para uso da realeza asiática ou de indivíduos com elevado poder de compra. Médicos chineses e japoneses há muito utilizam plantas, como o ginseng e o astrágalo, combinadas com reishi para reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia em pacientes com patologias oncológicas.
.https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK92757/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5758346/
Juba de Leão
Ainda chamado de juba-de-leão, é um excelente cogumelo comestível e muito nutritivo, devido às suas 32 substâncias aromáticas e às numerosas substâncias bioativas.
Possui ação laxante e é um excelente adjuvante para emagrecer. Estão descritos os seus possíveis efeitos terapêuticos: Pesquisas mostraram que pode ser aplicado de forma eficaz em úlceras gástricas, azia, cancro do estômago, úlceras do duodeno, colite. Os efeitos deste cogumelo devem-se principalmente aos polissacarídeos e polipeptídeos que ajudam a estimular o sistema imunitário.
Não são conhecidos quaisquer efeitos secundários.
Num estudo de pacientes com gastrite, 82% notaram uma melhora significativa dos sintomas e dos valores clínicos. Em 58% dos pacientes foi diagnosticado uma regressão total da inflamação. A mucosa gástrica foi regenerada eficazmente e de forma duradoura.
Cientistas japoneses encontraram a substância erinacine, que estimula a produção do Factor do Nervo de Crescimento (NGF) no cérebro. O NGF faz parte da família das proteínas e tem um papel muito importante na manutenção, sobrevivência e regeneração dos neurónios durante a vida adulta. O Hericium pode ser útil em casos de doenças nervosas e da doença de Alzheimer e pode apoiar a regeneração dos nervos periféricos em doenças degenerativas neuronais e em polineuropatia. As substâncias ativas são responsáveis pelos efeitos antiinflamatórios descritos na literatura em relação a este cogumelo. Segundo a medicina tradicional chinesa, o Hericium é bom para os cinco órgãos (rins, fígado, baço, coração e estômago). Apoia a digestão, fortifica, dá vitalidade e reprime o cancro.
Estudos Pubmed
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5987239/
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